Quais os maiores desafios da Natura após a compra da Avon?
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Para conseguir cumprir tudo isso, o primeiro passo da companhia foi anunciar a diretoria que comandará cada uma das operações.
Na primeira sexta-feira do ano 10/01, a empresa anunciou Roberto Marques, até então presidente do conselho de administração, como principal executivo do grupo. Ele está no conselho da Natura Cosméticos S.A. há quatro anos.
Na Avon, o antigo presidente, Jan Zilderveld, deixa o cargo e a liderança passa para Angela Cretu, que tem 20 anos de empresa foi gerente geral da Avon Europa Central.
A opção por manter as presidências separadas e selecionar uma veterana de casa para comandar a Avon mostra a relevância da empresa presente em 56 países em um momento de virada. Pela primeira vez, a maior parte da receita com vendas do grupo (69%) deve ter origem no mercado externo.
“A Natura não tem um grande histórico de aquisições e integrações, como Itaú ou Ambev. Ao longo dos anos a empresa não se preocupou em formar lideranças para atuar na integração dessas aquisições. Esse é um enorme desafio, porque não há hoje na Natura uma liderança capaz de revitalizar a Avon” afirma um consultor que acompanha de perto a empresa.
Vale lembrar que a marca Avon está em decadência há quase uma década. A Avon figurou na lista das 100 marcas globais mais valiosas da consultoria especializada entre 2001 e 2013, quando ocupava a 87ª posição. Seu pico de valor de marca foi de US$ 5,4 bilhões, registrado em 2011. Dois anos depois, a companhia já havia perdido 20% do valor e deixou de figurar na lista. No Brasil, perdeu relevância ao cair para o sexto lugar no setor de higiene e beleza. Há uma década, disputava a liderança justamente com a Natura.
Além dos problemas de marca, a união de 4.000 funcionários da Avon no Brasil com cerca de 6.000 da Natura, além das equipes de outros países da América Latina, pode esbarrar em um choque cultural.
Fonte: Infomoney/reprodução/internet
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